Encontrei o texto completo da descrição do blog e resolvir postar aqui.
E nostalgia tem hora?
Sempre quis ter uma máquina do tempo, desde bem antes de eu realmente querer voltar ao passado. Porque hoje, se eu pudesse, voltava.
Por: Nina Lessa
Acho linda essa palavra, NOSTALGIA. Só perde para SAUDADE, mas essa não conta, é minha predileta desde sempre. Pensar no passado, lembrar de momentos, chorar algumas lembranças e ver que o tempo passa quer a gente queira, quer não. E tem hora que a gente quer muito, mas quando passa, cadê uma máquina do tempo pra fazer com que a gente volte atrás? Sempre quis ter uma máquina do tempo, desde bem antes de eu realmente querer voltar ao passado. Porque hoje, se eu pudesse, voltava. Não pra sempre, até porque significaria passar de novo por todas as coisas ruins também, e essas eu estou dispensando. O que era pra aprender com as dita-cujas já foi aprendido.
Acho que uma semana seria o suficiente. Não uma semana inteira, igual, e sim momentos diversos, de diferentes épocas, que juntos somariam uma semana. Tornar a ver rostos que, sabe-se lá porquê (ou sabe-se, mas... Deixa pra lá.) você não mais vê, sentir cheiros, aqueles que são únicos, conviver com certas pessoas, ou fazer certas e peculiares coisas que você não faz mais. Ou porque se mudou, ou simplesmente você mudou, ou porque cresceu e não mais pode desfrutar de certas coisas. Voltar pra onde te faltava tempo diante de todas as coisas que você queria fazer. Onde você nem imaginava que estaria onde está hoje, se é que isso é algo bom ou ruim. Reler diários, cartas, cadernos, rever fotos, vídeos, consultar o lado bom de Alzheimer da sua mente e ficar feliz pelos mesmos motivos, de novo.
Adoro nostalgia, não só pela palavra. Adoro porque meu passado foi maravilhoso, muito melhor do que eu poderia ter pensado. Passado mais antigo, o mais recente, todo ele - passado. Penso em pessoas, momentos, viagens, dias, lugares, palavras, músicas, detalhes. E o futuro que imaginei? Bom, é por isso que eu não sou muito adepta das expectativas, porque a tendência humana (e muito provavelmente, mais ainda a minha tendência) é exagerar nas esperanças, obviamente recebendo uma frustração de presente. Não estou vivendo absolutamente nada do que imaginei, justamente por não ter imaginado nada. Queria algumas coisas, não vou e nem quero mentir. Mas também não fiz nada para que o que eu quisesse realmente acontecesse. Poderia ter feito, mas não fiz. E a razão nesse momento é relevante, até porque nem eu sei qual é.
Nostalgia é uma coisa engraçada, apesar de não ter graça alguma querer uma coisa sem poder tê-la. Ou tem e eu que ainda não achei? Confude-se arrependimento com nostalgia, mas querer voltar no tempo não significa querer fazer diferente, e sim fazer de novo, tudo igual, só pra ter mais uma vez as sensações que a gente tanto tenta descrever quando conta pra alguém como foi determinada época na nossa vida e não consegue. Não costumo me arrepender a longo prazo, apesar de cair nele a curto. Depois de um tempo é que percebemos como foi bom ter feito, e como foi importante ter aprendido. Mesmo depois da dor, da perda, porque crescer dói. Mas a gente ainda tem a nostalgia, que nos tráz o que ficou lá trás, que a gente quis trazer com a gente e acha que não deu pra trazer. Ah, não? Então fecha os olhinhos e pára tudo. Vai me dizer que você não lembra como se fosse hoje aquele seu primeiro beijo, hein?!
Espero nao ter que pagar direitos autorais por ter postado um texto alheio :)
aline nunes
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